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Wi-Fi social auxilia na garantia do direito de acesso livre à internet

Certificação de um maior alcance do acesso livre a internet como direito pode acontecer com Wi-Fi social.

Atualmente, muito se fala no oferecimento de Wi-Fi social em estabelecimentos comerciais, mas você sabia que este acesso gratuito à internet é hoje um direito humano? A prática de oferecer um sinal de Wi-Fi grátis pode ser considerada “simples” ou apenas um agrado para clientes, mas tal gesto contribui para a aproximação de muitos usuários com a web

O SemSenha discute no artigo de hoje o impacto social que oferecimento de internet grátis em empreendimentos pode ter.

O acesso à internet como direito humano

O termo “Wi-Fi social” é empregado justamente na prática do oferecimento de internet que permite o compartilhamento do sinal com diversos usuários. As oportunidades na utilização deste recurso, sem dúvidas, são inúmeras. Isso, justamente por ter um grande alcance em pessoas que dividem a internet a partir de hotspot Wi-Fi. Mas indo além do impacto comercial que um sinal grátis de Wi-Fi pode conquistar, tal gesto se enquadra na esfera do direito social para acesso livre a internet. Pode não ser conhecimento de muitos, mas essa prática já é considerada um direito humano nos dias de hoje. 

O tema já foi pauta para diversas discussões globais sobre o oferecimento de internet e a garantia do seu uso como um direito social. Tal discussão acontece, principalmente, nos países em desenvolvimento. A ideia defendida por muitos estudiosos é a de que cada vez mais a vida on-line tem se sobressaído no dia-dia, principalmente se referirmos as formas em que as pessoas expressam suas ideias, seus pensamentos políticos, as formas de entretenimento e até mesmo o alcance a informação. Sendo assim, à medida que estes engajamentos acontecem on-line, muitas pessoas acabam sendo prejudicadas se não tiverem acesso à internet – ou seja, uma diminuição de seus direitos sociais. 

O poder da internet

Essa ideia de “internet para todos” é defendida por Merten Reglitz, professor de Ética Global na Universidade de Birmingham, na Inglaterra. Para ele, a prática está ligada diretamente no poder de influência on-line (via Diário da Saúde). Basicamente, a internet tem uma voz muito poderosa dentro da sociedade, e não há como fugir do impacto causado ao se expressar através dela. 

Assim, é necessário garantir que todos tenham acesso à internet, a esse poder de voz, e também à chance de absorver as oportunidades e conhecimentos fornecidos pelas campanhas on-line

De acordo com a publicação do Diário da Saúde, esse acesso global à internet faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Tal fato se dá, justamente, por milhões de pessoas em países mais pobres não terem condições para isso. Muitos não sabem, mas, no Brasil, os números de usuários com internet ainda não abrangem todos os brasileiros – embora seja expressivo. De acordo com a nova edição da pesquisa TIC Domicílios, o acesso subiu de 67% para 70% da população, o que equivale a 126,9 milhões de pessoas. Além disso, o celular foi tido como o meio preferencial dos brasileiros para tal prática. Segundo a pesquisa, 97% usaram o celular como dispositivo de acesso à internet. 

Wi-Fi social e o acesso livre – para todos

Entretanto, muitas pessoas ainda não possuem acesso rotineiro a internet. Isso acontece por muitos ainda não poderem pagar um plano de dados ou até mesmo a possibilidade um ponto de internet em casa. Logo, pode caber aos estabelecimentos comerciais contribuírem, de alguma forma, para que este alcance aumente. Vale ressaltar também que as campanhas comerciais envolvendo o uso de internet grátis nos empreendimentos se enquadram no acesso as ideias que influenciam a sociedade como um todo. É através destas campanhas on-line que muitos hábitos e práticas da sociedade moderna são moldados. Logo, certificar-se que a campanha que seu negócio fará atinja  um público cada vez maior na web pode ser importante. Assim, mais e mais pessoas poderão alcançar o acesso à internet.

Devemos pensar na internet como qualquer outro direito social. Mesmo que em países mais pobres não seja possível uma certificação massiva deste direito humano, é possível certificar-se de que existam serviços mais básicos, assim como acontece com a saúde. Assim, será constituída uma espécie de “assistência” para que todos usufruam desta prática.

Portanto, podemos fazer nossa parte de alguma forma. Como? Contribuindo para o acesso livre a internet com o Wi-Fi social, para que mais pessoas usem a internet e, assim, consumam todas as informações e oportunidades que ela tem de oferecer. 

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